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Depressão: há saída
Por Karla Katiusy
Uma estudante, que preferiu não ser identificada para não se expor, sofre de depressão. Há quatro anos ela começou a sentir fortes dores nos ossos, não parava de chorar, e a angústia era persistente. Preocupada, a mãe da jovem a levou ao médico, fez alguns exames e fisicamente a saúde dela estava ótima.
Mas a estudante chorava todos os dias e os familiares não sabiam como ajudá-la. O que fazer? Eles decidiram levá-la a um psiquiatra. “Eu tinha depressão desde a adolescência, mas não sabia o porquê de tanto choro, de tanta angústia e vazio. Cheguei até a tentar suicídio”, revela emocionada.
A depressão pode ocasionar sintomas como os da estudante. “A depressão pode levar a várias doenças somáticas, inclusive dores nos ossos e dores musculares”, explica a psicóloga Ana Cláudia Silveira.
A pessoa depressiva não tem vontade de tomar banho, de sair ou alimentar-se. Como aconteceu com a estudante, que não queria fazer a higiene pessoal, nem pentear os cabelos, tampouco levantar da cama. “A sorte é que eu tive o apoio da minha família. Lembro que, com paciência e carinho, minha irmã chegou a me levar ao cabeleireiro porque descuidei totalmente da minha aparência. Ela também me levava para viajar, passear. Tudo que eu parei de fazer por causa da depressão”, explica a jovem.
Hoje, ela faz tratamento com remédios controlados, mas deseja um dia se livrar dos medicamentos. “Faço tratamento há dois anos e me sinto melhor. Aos poucos volto a fazer as coisas de que gostava antes. A psicóloga disse que minha depressão foi o acúmulo de acontecimentos da minha vida que eu não desabafava com ninguém. Por isso, recomendo que as pessoas se cuidem, procurem ajuda médica, desabafem com a família”, aconselha a jovem.
SINTOMAS
De acordo com a psicóloga Ana Cláudia, uma pessoa com depressão pode apresentar perda de interesse e prazer, energia reduzida com o aumento da fadiga, ausência de concentração nos estudos e no trabalho.
“Além de baixa autoestima e autoconfiança; ideias de culpa e inutilidade; atos autolesivos ou suicídio; alteração do sono; do apetite; visões desoladas e pessimismo para o futuro”, descreve Cláudia.
TRATAMENTO
Ainda conforme a psicóloga, o episódio depressivo é classificado em leve, moderado, ou grave e o tratamento vai de acordo com o grau dos sintomas e a singularidade de cada paciente.
O tratamento pode ser feito através da psicoterapia, com psiquiatra, além de terapias ocupacionais. “Mas se o episódio depressivo for grave pode ser necessária a internação”, indica a psicóloga. Cláudia recomenda que aliado ao tratamento o paciente busque fazer exercício físico, pois ajuda muito ao corpo e a mente que estão sempre interligados. “A atividade física produz bem-estar”, finaliza a psicóloga.
Inscrições para vestibular á distância da UFS encerram na próxima quarta-feira
Até a próxima quarta-feira, 6, a Universidade Federal de Sergipe – UFS – estará com as inscrições abertas para o vestibular para ensino à distância.
Estão sendo ofertadas 250 vagas para o curso de bacharelado em Administração Pública e outras 2.650 para licenciatura em Ciências Biológicas, Física, Matemática, Química, Geografia, História e Letras – Português.
Os interessados deverão se inscrever através do site www.ccv.ufs.br e pagar a taxa de R$ 40 em qualquer agência do Banco do Brasil até o dia 11 de julho. As provas serão aplicadas no dia 21 de agosto. Confira aqui o edital do processo seletivo.
Mais informações através do telefone (79) 2105-6970/697.
Nova Lei da Prisão Preventiva deve soltar milhares de presos
A nova Lei da Prisão Preventiva, que entra em vigor hoje (4), deve resultar na liberação, em todo o país, de milhares de presos que ainda não foram julgados. Deverão ser beneficiados presos não reincidentes que cometeram crimes leves, puníveis com menos de quatro anos de reclusão. Em tais casos, a prisão poderá ser substituída por medidas como pagamento de fiança e monitoramento eletrônico.
A população carcerária do país, hoje, está em torno de 496 mil pessoas, segundo dados do Ministério da Justiça. Em 37% dos casos – ou seja, para 183 mil presos – ainda não houve julgamento e não se pode garantir que sejam culpados.
“Quer dizer que esses presos provisórios vão ser soltos nesta segunda-feira? Não. O que a lei diz é que o advogado pode alegar a aplicação de medidas cautelares para o preso. A regra é: no processo você sempre aguarda em liberdade”, explica o secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, Marivaldo Pereira
De acordo com o supervisor do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Walter Nunes, a lei não vai gerar sensação de impunidade. “Não se pode dizer que a lei vai trazer impunidade, porque prisão preventiva não é para punir. É uma medida excepcional, aplicada antes de uma pessoa ser considerada culpada”.
De acordo com Nunes, hoje é mais benéfico ser condenado por um crime leve do que existir a suspeita de que ele foi cometido. “Desde a Constituição de 1988, uma pessoa condenada a menos de quatro anos dificilmente ficará presa. Serão aplicadas outras medidas restritivas de direitos e o regime aberto”, explica.
O procurador Eugênio Pacelli, que foi relator da comissão responsável pelo projeto de lei do novo Código de Processo Penal, no entanto, teme que a liberação dos acusados cause sensação de insegurança na sociedade. Entretanto, ele acredita que mais inseguro ainda é deixar essas pessoas presas, convivendo com criminosos experientes.
“Há uma ilusão na sociedade: as pessoas acham que a prisão garante o sossego e a segurança de todo mundo, mas, muitas vezes, a prisão é que produz o próximo problema. Você colocar uma pessoa que não tem histórico nenhum presa é algo muito complicado, pois a prisão é um ambiente de violência, e isso afeta as pessoas”, diz Pacelli. O procurador lembra que, com a nova lei, não haverá alteração no tratamento de crimes mais graves, como homicídio ou estupro.
Para o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), a lei veio corrigir uma generalização da prisão preventiva. Ele ressalta que hoje, em vez de se apurar primeiro para, depois, prender, já com culpa formada, passou-se para um "campo de justiçamento", em que se prende de forma generalizada. "Daí a superlotação das penitenciárias e das cadeias públicas", diz o ministro.
Ele também acredita que a nova lei ajudará a evitar que inocentes fiquem presos indevidamente. “Liberdade não é algo que é passível de devolução. Se houve uma prisão indevida, vamos responsabilizar o Estado?”, pergunta o ministro.
Fonte: Correioweb
Exame da OAB tem o maior índice de reprovação da história
O resultado final do último exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), realizado em dezembro de 2010, é o pior da história da entidade: apenas 9,74% dos bacharéis em Direito foram aprovados em um total de 116 mil inscritos, segundo dados do Conselho Federal da OAB obtidos pelo JT. Nesse universo também estão incluídos os treineiros, estudantes do último ano da graduação (9º e 10º períodos), que tiveram um desempenho muito superior ao dos diplomados (veja abaixo).
Até então, o pior índice do País era de 14% de aprovados, entre os 95,7 mil inscritos no primeiro exame realizado pela OAB no ano passado, de acordo com o jurista e cientista criminal Luiz Flávio Gomes, fundador da rede de ensino LFG. O exame foi unificado em 2010, o que ajuda a explicar, de acordo com Gomes, o aumento no índice de reprovação: a porcentagem de aprovados, na média entre os três concursos anuais, passou de 28,8%, em 2008, para 13,25% em 2010. Antes disso, cada Estado do País aplicava sua própria seleção, o que possibilitava, segundo a OAB, que um candidato se submetesse a provas mais fáceis em algumas regiões do País.
Especialistas acreditam que o mau desempenho dos estudantes também está associado à má qualidade da educação básica, à má formação no ensino superior, à falta de dedicação dos estudantes e à abertura indiscriminada de faculdades de Direito. “Não há um culpado só, todos colaboram. Há deficiências nas faculdades, em geral, mas o aluno não se preocupa muito com o curso”, analisa Gomes. “E o exame está mais difícil”, complementa.
Para Marcelo Tadeu Cometti, coordenador de pós-graduação no Complexo Damásio de Jesus, o problema da reprovação começa na educação básica. “Os estudantes não têm formação suficiente para entender o que está sendo oferecido no ensino superior e a culpa é do Estado”, diz. “Se você pegar o corpo docente das melhores universidades de São Paulo, por exemplo, e colocá-lo para lecionar nessas faculdades de baixo índice de aprovação, os resultados não serão melhores”, aponta. Para ele, o aluno que “não tem boa formação no ensino fundamental e médio, não tem bons hábitos de leitura e não conseguirá passar no exame”.
Diretor-presidente da Escola Paulista de Direito, Ricardo Castilho lembra que, no Brasil, são constantes as mudanças na legislação e nos códigos. “É muito difícil manter-se atualizado”, aponta. “Com a carga horária disponível hoje, de 3.780 horas, é impossível o aluno aprender tudo o que precisa para passar na Ordem”.
A existência do exame, porém, é defendida pelos profissionais. “O advogado lida com a liberdade e os bens patrimoniais dos cidadãos. Espera-se que saiba ao menos redigir uma petição ou dar início a um processo”, afirma o coordenador-geral do Conselho Federal da OAB, Marcus Vinícius Furtado Coelho. “É isso que a prova avalia”, aponta. Vice-presidente da Comissão Nacional do Exame de Ordem, Edson Cosac Bortolai diz que a prova “impede que um advogado despreparado ofereça seus serviços à sociedade. “Seria um prejuízo social muito grande.” ( fonte www.estadao.com.br)
Sem prestar contas, DF perde verbas
Uma pendência de R$ 168.253,20 da Secretaria de Juventude quando o Distrito Federal era administrado por Maria de Lourdes Abadia (PSDB) impede o atual governo de captar financiamentos de qualquer espécie com a União. O dinheiro foi repassado à pasta que tinha como titular a hoje deputada distrital Celina Leão (PMN) pelo Ministério da Cultura para investimento no projeto Capital Jovem. Mas o governo à época desperdiçou os recursos e deixou de prestar contas da verba. Como resultado, o DF foi incluído na lista nacional de inadimplentes e está com o nome sujo na praça até que devolva a verba com juros e correção monetária ficará impedido de pegar empréstimos, inclusive com as instituições internacionais de fomento.
Nesta semana, a Secretaria de Governo devolverá o dinheiro aos cofres da União na expectativa de limpar o nome. Não há consenso ainda sobre a quantia, que está sendo calculada pelo Ministério da Cultura. Há inúmeros documentos que revelam a burocracia em torno do problema. Em um dos ofícios, de 23 de dezembro de 2010, o então chefe da Unidade de Administração-Geral (UAG) da Secretaria de Governo, Sérgio Ricardo Carvalho Portela, afirma que, atendendo à manifestação da Corregedoria-Geral da União (CGU), abriria um procedimento interno de apuração das condutas de Abadia, então governadora, e Celina Leão (veja fac-símile).
Em outro ofício referente ao caso, o Ministério da Cultura adverte que o nome do GDF só será retirado da lista de devedores quando apresentar comprovante de devolução dos recursos, acrescidos de juros calculados com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A situação se complicou porque a Secretaria de Juventude usou o CNPJ geral do governo, quando deveria ter assumido diretamente a responsabilidade pelo convênio. No projeto Capital Jovem, a pasta pediu R$ 300 mil para financiar um evento de música popular. Conseguiu a liberação de mais da metade dos recursos provenientes do Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac). Por recomendação do Ministério da Cultura, a falta de prestação de contas resultou na abertura de Tomada de Contas Especial no Tribunal de Contas da União (TCU).
Pelos cálculos do Ministério da Cultura atualizados em janeiro, o GDF terá que devolver R$ 227.563,80. Isso significa 35% a mais do captado. O valor a mais corresponde aos juros e correção monetária. A Secretaria de Governo se prepara para devolver apenas o valor original e pediu um parecer à Procuradoria-Geral do DF sobre o cálculo dos juros devidos.
Antídoto
Assim que tomou posse como distrital, Celina Leão apresentou um requerimento à Secretaria de Governo em que pedia explicações sobre a não utilização dos recursos do projeto Capital Jovem. A medida foi uma espécie de antídoto contra a repercussão negativa que o caso poderia lhe render quando viesse a público. No requerimento, a deputada faz a recapitulação da história contando que o dinheiro entrou na Secretaria de Juventude 48 horas antes de ela deixar o posto, em dezembro de 2006. Quando o governo seguinte tomou posse, extinguiu a pasta e os recursos ficaram sem destinação. No expediente, Celina cobra explicações do atual secretário de Governo, Paulo Tadeu.
Ele sustenta que pediu todas as providências para resolver o assunto no prazo de tempo mais curto possível. A assessoria da Secretaria de Governo preparou um levantamento sobre o problema e o próximo passo será
devolver o dinheiro. “Vamos transferir os recursos na próxima (nesta) semana. É lamentável que o governo do DF tenha desperdiçado uma verba repassada pelo Ministério da Cultura para um projeto voltado à juventude. Por determinação da AGU, teremos agora que abrir um processo para apurar os responsáveis pela irregularidade”, afirma Tadeu. Segundo ele, a Secretaria de Transparência do DF acompanha o caso. ( fonte www.correiobraziliense.com.br)